Reconstrução de Mama

A mama pode ser reconstruída através de diversas técnicas cirúrgicas. Não deixe de perguntar sobre as possibilidades e esclarecer as dúvidas sobre o procedimento indicado ao seu caso. Mas não se esqueça que uma mama reconstruída terá sempre algumas diferenças com relação ao que era antes e quando comparada à mama oposta. Alguns fatores podem influenciar nos resultados, como: radioterapia; tamanho e forma da mama oposta; disponibilidade de tecidos sadios para a reconstrução; etc.

Lembre-se que:
– a prioridade é tratar a doença (câncer de mama);
– a reconstrução pode ser feita, ou iniciada, no mesmo momento da mastectomia (reconstrução imediata),
ou após sua recuperação e finalização do tratamento (reconstrução tardia);
– a mama reconstruída não terá a mesma sensibilidade e forma de antes;
– as cicatrizes podem ser evidentes. Isto vai depender das necessidades do tratamento da doença e de sua cicatrização;
– é comum operar a mama oposta também, para se chegar a melhor simetria. O momento adequado e a indicação desta cirurgia são definidos em conjunto e levam em consideração os seus desejos e expectativas;
– a reconstrução da mama deve ser feita para si mesma. Uma nova mama pode devolver sua autoestima e qualidade de vida, mas pode levar algum tempo para se acostumar com o resultado;
– frequentemente precisamos de mais de uma cirurgia para se chegar ao melhor resultado possível. A enxertia de gordura pode ser indicada em momentos diferentes e a reconstrução do complexo aréolo-papilar costuma ser a etapa final. Isto não quer dizer que serão necessárias várias cirurgias. As indicações serão apresentadas e discutidas para que se atinja o desejo da maior interessada: você.

Dr. Diogo Franco
Responsável pelo Projeto Mama do HUCFF-UFRJ.
Setor que realiza as reconstruções de mama dentro do Hospital Universitário.